Temos um relógio interno
Contador dos nossos minutos sem pudor
Um dia ameaça parar
Conseguimos evitar
Até ao dia que finalmente...
E se o relógio fosse uma bomba
Em que não soubessemos o comprimento do pavio
Apenas sabemos que já o acenderam
Sopramos sopramos sem parar
Sem conseguir apagar
Olhamo-nos no espelho, cansados
Com medo, irados
O que fazer? Merda, o que fazer?
Continuar a soprar?
Abrir a porta sentir a vida e aceitar?
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Cura
Quando a cura é um processo de tortura
Quando o tratamento causa sofrimento
Quando os dias raramente nos dão alegrias
O que fazer senão sofrer?
Aguentar até passar
Deixar queimar até curar
Quando o tratamento causa sofrimento
Quando os dias raramente nos dão alegrias
O que fazer senão sofrer?
Aguentar até passar
Deixar queimar até curar
Dia de chuva
Adoro um bom dia de chuva
Ficar na cama mais tempo a ouvi-la cair nos estores
Senti-la bater nos vidros enquanto vejo um filme enroscado no sofá
Ligar a lareira sem ser preciso pois está menos frio
Namorar nos recantos onde não chove
Chapinhar nas poças
Chegar a casa ensopado e trocar de roupa
Gosto de chuva de verão e de inverno
Saudades das molhas que apanhava no futebol (a ver no estádio ou a jogar)
A chuva limpa, suja, renova
Sendo lágrimas das nunvens, a chuva é sempre uma catarse que quando acaba nos faz sentir melhor
Gosto do seu chorar...
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